sábado, 17 de outubro de 2009

Futuro da indústria da Mídia

A cidade de São Paulo acabou de recepcionar um super evento das áreas de Telecom e TI. Agenda internacional, convidados de primeira e mais de 15 mil participantes. Coisa de gente grande para discutir o futuro das áreas que são vitais para o mundo dos negócios: comunicação e informática.

Uma das principais palestras foi de Jeffrey Cole, Diretor do Centro para o Futuro Digital da Universidade da Califórnia. Cole é “um verdadeiro visionário que fornece ao público a informação de como entender o impacto da mídia”, segundo o Al Gore. O cara é fera.

Principais conclusões:
1) Nenhuma mídia vai desaparecer. Mas haverá um novo remanejamento de forças entre elas. E nessa nova divisão os meios tradicionais perderão espaço relativo para os novos meios.
2) Os meios impressos sofrerão o maior impacto. Cole acredita que os jornais impressos americanos vão desaparecer em 5 anos. Que em outros mercados, especialmente os emergentes, existirão por uma década mais.
3) Que o core business dessas empresas tem que mudar: o negócio deixa de ser 'fazer jornal' para 'gerenciar conteúdo'.
4) que toda a dificuldade desse processo de transição é que os meios tradicionais faturam em dólares e os novos meios digitais em centavos.
5) que o Brasil terá 2 ou 3 players nessa área com atuação global.

Fiquei feliz de ver que a minha forma de pensar está em linha com o que pensa um estudioso desse nível. Também me passou segurança que aquilo que tenho trabalhado na minha consultoria, que tem uma forte expertise nessa indústria, caminham no mesmo sentido do futuro apresentado por Cole.

3 comentários:

  1. Em nosso Brasil de "Brasis" temos ainda fatores culturais que dificultam um processo sadio e consciente de transição. Seja por medo do novo, ou mesmo comodismo frente a necessidade de se estar disposto a mudar, é fato que muito do mercado publicitário acompanha tendências apenas quando não há rédeas por parte de clientes que sustentam a agência. O que conforta é que nada impedirá o novo, mesmo porque é algo maior que “cômodos elefantes brancos de estimação”.
    Excelente blog. O sr me descobriu no twitter, e eis que estou descobrindo um pouco de suas idéias num muito desta ferramenta. Grato pela atenção, e espero que possas sempre divulgar mais sobre a importância do Planejamento em campanhas verdadeiramente eficientes e coerentes as etapas de evolução dos clientes.

    Abraços.

    P.S.: Hoje dormirei mais aliviado por um verdadeiro PLANNER ter me encontrado no twitter. Viva a queda de barreiras promovida pelas Novas Mídias Sociais!

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  2. Só faltou este artigo ter o logo de um dos grandes jornais do país e fazer parte do "conteúdo gerenciado" do dia de amanhã, já impresso hoje. Vai vendo as possibilidades. Abc

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  3. Para um visionário, as conclusões do cara são um pouco simplistas demais.
    Venho participando de vários congressos onde o tema é discutido sob as mais diversas óticas e intenções. Para explicar a opinião que formei à respeito, o espaço do blog é pequeno.
    Mas dá para comentar as conclusões do rapaz:
    1) Não se trata apenas de um remajamento de forças ... o conceito do que é uma mídia e as fronteiras entre elas irão mudar;
    2)Os jornais impressos não vão sumir em 10 anos. Ao contrário, a circulação total deve aumentar no mundo (talvez diminua nos EUA). Mas serão diferentes dos jornais de hoje. A RBS tem um bom case à respeito.
    3)Num conceito ampliado de gestão de conteúdo, concordo. Esse é o serviço que os editores oferecem.
    4) Ainda tentamos sustentr o velhos modelos de negócios. Isso muda nos próximos 10 anos.
    5) Vai saber ... Eu acho que essas fronteiras geográficas irão sumir.
    4)

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