terça-feira, 12 de março de 2013

Refrigerantes na Mira


Na década de 1920, nos Estados Unidos, foi sancionada uma lei federal que proibia a produção, transporte e venda de bebidas alcóolicas. 10 anos depois, a famosa Lei Seca caiu por terra quando as cidades viram o surgimento de uma série de bares clandestinos e as fortunas movimentadas pela máfia. Al Capone surgiu nessa época. Igualzinho o que está ocorrendo com guerra contra as drogas, que enriquece os distribuidores ilegais, faz a polícia perder o foco e não diminui o consumo.

Para ‘limpar’ sua imagem, na época, algumas empresas de bebida acharam de bom tom criar anúncios incentivando que seu produto fosse consumido com responsabilidade. Atualmente, são obrigados a adotar o famoso ‘aprecie com moderação’ em qualquer propaganda alcóolica.
Hoje, o mercado é bastante regulado – e o álcool está liberado. Mas agora é outro tipo de indústria que vem sofrendo pressão: a dos outrora ingênuos refrigerantes.
Temida pelas mães, idolatrada pelas crianças, a familiar bebida colorida e altamente açucarada está vendo o cerco se fechar. A razão é a taxa de obesidade, que está batendo recordes pelo mundo, inclusive no Brasil. 
Segundo um estudo do Ministério da Saúde, divulgado em abril do ano passado, cerca de 16% dos brasileiros estão obesos. Isso são 30 milhões de pessoas! Nos Estados Unidos, o número corresponde a 1/3 da população. 

Por lá, a guerra já começou: Em NY está proibido vender refrigerantes em tamanho grande, e a própria Coca-Cola já lançou anúncios que mostram a quantidade de calorias de cada produto.
Como somos conhecidos por importar a cultura norte-americana, é de se esperar que já já a inquisição chegue para os refrigerantes tupiniquins – e as empresas devem estar preparadas.
A pipoca com guaraná pode estar com os dias contados. 

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